Tapetes da Serra do Mar

Projeto desenvolvido em cocriação por Luan Valloto e Bosque de Iohana Hostel

A cultura popular feita pelas mãos de um povo miscigenado, encontra o design para a sustentabilidade. Unem-se para fazer de uma das belezas geográficas mais emblemáticas do Paraná, as montanhas da Serra do Mar, inspiração para os Tapetes da Serra do Mar.
Os desenhos das peças reproduzem imagens do relevo da serra, conjunto de montanhas entre o litoral paranaense e a região do planalto, onde está situada Curitiba.

Fotos da Serra do Mar: Luan Valloto

O café, que em tempos idos foi símbolo da agricultura do Paraná, hoje proporciona tingimento natural de cor terrosa e um aroma de familiaridade aos fios de lã de ovelha fiados manualmente por produtores da região.

As peças são frutos do carinho, a energia e o calor das mãos das artesãs, mulheres: mães, avós e amigas, que conversam, recordam, contam histórias, filosofam… Essa interação torna cada ponto de esmirna repleto de significado.

Os tapetes são resultado de uma cocriação desenvolvida em colaboração com o Bosque de Iohana Hostel, que fará expedições à Serra do Mar.

As peças são obras que atraem o olhar e convidam à contemplação. Quando estendidas sobre o chão, se integram ao ambiente e podem servir como assento, repouso para os pés e o corpo. Materializam em um local fechado, urbano ou não, sensações proporcionadas pelo contato estético com a natureza que as inspira. Por terem diferentes tamanhos e formas, as peças podem ser agrupadas de diferentes maneiras, o que possibilita ludicidade na maneira como podem ser dispostas.

Acreditamos que o fazer manual seja a melhor forma de questionar as práticas aceleradas de produção contemporâneas que, com tanta rapidez, deixam de prestar atenção às pessoas envolvidas, de dialogar, ouvir. Por meio de fazeres sustentáveis, não se polui, e pouco gera-se resíduos. Assim, desenvolvemos formas de ter um impacto mais leve no meio ambiente.

Confraternizamos com pessoas que despertaram para uma vida mais zelosa com o planeta, preocupadas em ter uma abordagem ecológica mais leve e, ao consumir, impactar sustentavelmente.

Fotos dos tapetes: Natasha Atab

Um projeto desenvolvido por um ecodesigner, que ao buscar a valorização do território regional, descobriu o artesanato de tapeçaria de esmirna como potencial para a criação de produtos éticos. A partir de uma abordagem mais holística, observa-se mais atentamente os detalhes que integram o ciclo de vida do produto, assim, então, selecionar fibras naturais de lã de ovelha fiada a mão, fazer o tingimento natural, e os trabalhos artesanais feitos por mãos de mulheres.

Fotos do processo: Vavá Diehl